segunda-feira, 26 de maio de 2008

Queria ter escrito aqui no sábado, dia 24 de maio. Foi bem nesse dia que eu fui tomar um chimarrão tradicional no marinha com três amigas e na volta pra casa, já noite, estamos na parada esperando um ônibus quando mais ou menos uns 15 maloqueiros cercaram um guri, derrubaram ele e roubaram suas calças, seus tênis e até uma meia. A parada estava LOTADA, e a única coisa que a gente viu as pessoas fazendo foi se afastar com medo. E os ladrõezinhos? Bom, eles saíram caminhando como se não tivessem feito nada. E eu não duvido que naquela mesmo noite eles não tenham roubado mais umas mil pessoas...
Eu nunca tinha visto uma coisa dessas, fiquei muito chocada. Não via à hora de chegar meu ônibus e ir logo pra casa, onde eu ficasse segura. Tu fica total sem ação sabe? Na hora que eu vi o guri caindo até achei que era algum arreganho entre amigos, na oitava série eu me lembro que meus amigos tinham mania de fazer ‘montinho’ na parada, mas quando vi os caras tentando por tudo tirar a camisa do guri (do Real Madrid) notei que aquilo não era uma brincadeira, ou melhor, pros assaltantes certamente aquilo era como pegar doce de criança. Todo mundo sabe que a parada do Marinha não é das mais seguras, mas mesmo assim a gente nunca acredita que vai estar presente numa situação dessas.
O que me surpreendeu foi que os assaltantes não ficaram nem um pouco intimidados com a quantidade de gente que tinha na parada. Sério, tava lotada mesmo. Tudo bem que eles estavam em MUITOS, mas acho que mesmo se estivessem em três ia ser assim, uma coisa normal, sabe? Como se eles tivessem batendo o ponto no serviço. Vai ali, rouba um gurizinho, da uma volta na quadra e rouba a bolsa de uma senhora que ta por ali e assim por diante.
Infelizmente isso é uma coisa tipo rotina sabe? Todo dia, em qualquer lugar, não importa a hora tem alguém sendo assaltado. Uma das minhas amigas que tava junto ficou chocada por me ver chocada! Acredita? Ver um assalto hoje em dia é tão comum como ver o por do sol no marinha com os amigos...

quarta-feira, 21 de maio de 2008


Acho que se criou certo exagero quanto a torcer por algum time. Vejo isso pelo estado que eu moro, onde a rivalidade é muito acirrada, aonde torcedores chegam ao ponto de se odiar por ser de outro time.
Uma coisa absurda porque todos têm direito a escolher o que quiserem para suas vidas não é? E cada um tem um gosto, vontade ou critério de escolha, só nos resta respeitar a vontade das outras pessoas para que elas também respeitem a nossa!
Algumas pessoas escolhem seus times devido a influencia de familiares ou do meio que vive 'porque o tio que eu gosto mais é desse time eu vou ser também' ou coisas do tipo, outros porque gostam das cores do time, alguns por causa da situação atual do time 'tal time foi campeão esse ano então eu sou desse time' e assim por diante!
E também acho que as pessoas como tem o direito de escolher o time tem o direito também de mudar quando quiserem. Eu acredito que as pessoas discriminam muito os intitulados ‘casacas’. A gente geralmente escolhe o time muito novo pra saber se nos identificamos ou não com ele e porque não podemos nos identificar depois de muito tempo? Qual é o problema?
Não podemos mudar de profissão ou de marido? Porque não podemos mudar de time?
O mundo é muito preconceituoso com alguns assuntos que só dizem respeito à gente, a coisas que nos mudamos ou demudamos a qualquer momento, por qualquer mudança de humor ou outra coisa!
E digo isso em outros assuntos também, mas resolvi escrever especificamente disso, porque notei que ultimamente não tenho sido a fanática que eu era pelo meu time de coração e que até tenho dado uma torcidinha pro meu time rival, admito que tenho alguma influência por esse outro time, até porque meu pai tem uma boa ligação com ele, por causa disso tive que torcer muitas vezes por ele! Mas nunca deixando de torcer pra aquele que eu tinha, literalmente, vestido a camisa.
Não vejo o porquê dessa rivalidade intensa em alguns estados do nosso país, somos todos brasileiros, com ótimos craques por aí pra nos representar na Seleção.
Pra terminar quero deixar claramente dita a minha sincera opinião. Essas confusões que existem entre torcedores são pura imaturidade e falta do que fazer!!! Todos somos iguais e todos têm os seus times, maridos e cores prediletas, nos quais podemos mudar a hora que estivermos com vontade, dependendo do que for nos deixar mais feliz ou por qualquer outro motivo que seja!

Enjoy your life, choose whatever you want!

quinta-feira, 8 de maio de 2008


Ontem estava escutando Pretinho Básico e eles começaram um debate sobre a proibição da Marcha da Maconha. Para quem não sabe essa tal Marcha existe há alguns anos e promove passeatas para a liberação da maconha. A passeata estava marcada para dia 4 de maio em 13 estados. Deu pra notar o poder do pessoal? Eles marcaram 13 passeatas no mesmo dia e no mesmo horário em 13 estados. O evento foi proibido pela justiça em 10 estados.
Minha humilde opinião sobre isso, estamos em 2008 e isso já deveria dizer tudo. Se o Ministério Público não sabe, eu refresco a memória deles, a DITADURA acabou em 1985 com a posse de Sarney. O ministério alegou que a passeata é apologia ao uso da maconha, e de certo modo é, e apologia é crime! Só esqueceram que existe a tal liberdade de expressão, e por isso não teria problema algum um bando de jovens sair pela rua apenas gritando LEGALIZE JÁ!
A ironia na política do Brasil me deixa confusa. Enchem a boca pra falar que vivemos num país com democracia e isso e aquilo, mas na hora de deixar fluir essa tal democracia eles proíbem. Eu sou a favor da liberação da maconha. Por que eu acredito que se o dito “playboy” puder comprar maconha no bar da sua rua, ele não vai ir até o morro correndo algum risco para comprar, concordam comigo? E de certo modo o tráfico teria que diminuir. Obviamente o tráfico não é formado apenas da maconha, ele vive de todas as outras drogas, mas se o Brasil é um dos maiores consumidores de maconha do mundo, mais até que muitos países onde a droga é liberada, será que não seria mais fácil legalizar logo?
Eu acho que o que esses jovens estão fazendo não deveria ser visto como apologia, e sim como uma manifestação pacífica para alcançarem aquilo que eles desejam.
“A marcha foi proibida em dez capitais brasileiras, ato que se configura em um dos maiores ataques ao direito de expressão e manifestação no Brasil democrático. Vemo-nos obrigados a dar um passo para trás na discussão: teremos que voltar às ruas para defender o direito de sair às ruas?” disse um dos membros da organização.

No fim acho que não vai dar em nada. Conhece aquele velho ditado? “nadar, nadar e morrer na praia”.

quarta-feira, 7 de maio de 2008

Já faz algum tempo que venho querendo escrever sobre o caso do austríaco Josef Flitzl. Quem costuma acompanhar tele-jornal e afins sabe do que vou falar. Josef é um engenheiro de 73 anos que abusou de sua filha por duas décadas. Aparentemente ninguém desconfiava do que Josef fazia. Ele prendeu sua filha no porão de casa quando ela tinha apenas 18 anos, e a partir daí ela sofreu abuso sexual constante. A primeira vez que ele abusou de sua filha ela tinha apenas 11 anos, mas não teve coragem de falar para sua mãe. Depois na sua adolescência ela fugiu de casa, mas era perseguida pelo pai que a estuprava.
Elisabeth teve 7 filhos com o pai, um acabou morrendo dias após o parto. 3 desses filhos moravam com ela no porão, esses sem nunca ter visto a luz do sol. Os outros 3 filhos, Josef fez parecer que Elisabeth, dada como desaparecida, havia enviado alegando não ter condições de criar as crianças.
Após 24 anos totalmente isolada, Elisabeth foi libertada. Sua filha mais velha (Kerstin) estava sofrendo de convulsões e Elisabeth implorou para que Josef a levasse para o hospital. Ele acabou cedendo, e com o mesmo plano das outras 3 crianças, a menina surgiu e ele dizia que Elisabeth enviou para ele cuidar. Os médicos quando começaram a examinar Kerstin acharam estranho que ela não possuía marca de vacina e nem vitamina D (que precisa de luz para ser absorvida). Foi então que os médicos exigiram a Josef a presença da mãe de Kerstin, começam a suspeitar que ela estava sofrendo uma doença típica de incesto.
Elisabeth vê o apelo dos médicos na televisão e convence Josef a levá-la ao hospital. Ao chegar no hospital, a policia já estava a espera dos dois. O investigador contou em uma entrevista que Elisabeth levou mais de duas horas pra falar e só contou toda a verdade quando o investigador lhe garantiu que ela nunca mais teria que ver o pai.
Esse é o resumo da trágica historia da família Flitzl.
Ouvi minha irmã comentando sobre esse assunto e foi ai que pesquisei absolutamente tudo que podia. Se ficar comprovado que Josef esta envolvido na morte de um dos bebes, ele pega prisão perpétua. Se não ficar ele pega apenas 15 anos. Ta certo que ele tem 73 anos, 15 anos pra ele na prisão é o resto de sua vida, talvez nem saia vivo de lá, mas me intriga isso. Pessoas que cometem crimes nem tão chocantes assim às vezes são condenadas à morte, e um homem que faz uma barbaridade dessas pega uma pena, que na minha opinião, é bem leve.
Josef Flitzl está isolado na penitenciaria de Sankt Pölten, pois estava correndo o risco de ser linchado pelos outros presos.
Elisabeth inocentou a mãe esses dias. Disse que a mãe nunca desceu no porão e que não sabia de nada que acontecia por lá. Não sei se acredito nisso. Como uma mulher não tem ao menos curiosidade de saber por que será que o marido passa dias e noites indo num porão que ninguém mais pode descer. Não é no mínimo estranho?! Tudo aconteceu diante de seus olhos e ela simplesmente nem desconfiou de que podia estar acontecendo algo no porão de sua casa?
Bom, ainda tem muita coisa para acontecer nessa triste e revoltante história.
 
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